por Eddie Van Feu
Acabo de ler o livro Morte e Vida de Charlie St Cloud, onde tive o prazer de viver no cemitério por algumas semanas. Escrito por Ben Sherowood, o livro conta a história de Charlie St. Cloud, um jovem com uma vida inteira pela frente que não consegue superar a perda do irmão mais novo, Sam. Assim, ele vive no cemitério, onde um milagre acontece todas as tardes, na hora do crepúsculo.
O livro é narrado por Florio Ferrente, um paramédico, e é uma delícia de ser lido. A história flui e nós nos encantamos com Charlie, esse jovenzinho meio problemático, mas encantador. Conhecemos também Tess, uma intrépida navegadora que quer ganhar o mundo, Sam, o irmãozinho menor por quem nós também nos apaixonamos, e um monte de outras figuras carismáticas na pequena cidade de Marbleheads.
Autor: Ben Sherwood
Titulo: Morte e Vida de Charlie St. Cloud
ISBN: 9788563219183
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2010
Edição: 1
Número de páginas: 304
Formato/Acabamento: 16X23
Peso: 0.44 kl
Preço Sugerido: R$ 29.90
Área Principal: LITERATURA
Assuntos: ROMANCE;FICÇÃO
Titulo: Morte e Vida de Charlie St. Cloud
ISBN: 9788563219183
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2010
Edição: 1
Número de páginas: 304
Formato/Acabamento: 16X23
Peso: 0.44 kl
Preço Sugerido: R$ 29.90
Área Principal: LITERATURA
Assuntos: ROMANCE;FICÇÃO
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A narrativa é muito fluida, natural e cativante. Sherwood nos ganha pela simplicidade, pois sua linguagem é simples, nem um pouco pomposa. Seu conhecimento da dor da perda (que ele revela mais tarde ao falar um pouco sobre a criação do livro) nos convence e nós nos sentimos quase tão magoados quanto Charlie. Com grande empatia, o autor também nos apresenta ótimos personagens, como Tink e “A Mulher que Escuta”, uma senhora que ficava sentada em sua calçada e cobrava por hora para qualquer um que quisesse falar sobre qualquer coisa. Mais barata que uma terapeuta, ela ainda dava descontos para parentes e amigos.
O livro tem um pé no misticismo espírita e dá uma escorregada quando se torna um pouco didático demais ao explicar o que acontece quando se vai pro lado de lá, quando se fica do lado de cá ou quando empacamos no meio. Por mais interessantes que sejam as informações, parece quebrar um pouco o ritmo da história. O fim também se arrasta um pouco, como se o autor não quisesse sair da história. Nem nós queremos, mas sabemos que é hora de partir. Falta um gran finale ou mesmo um final mais doce, mais cativante, coisa que o filme ajeitou rapidinho com uma linguagem mais hollywoodiana. Mas eu falo do filme daqui a pouco!
Morte e Vida de Charlie St Cloud é uma delícia de se ler, especialmente se você sofreu alguma perda. Se há algo que nos faz irmãos é a dor. Nesse ponto, o livro é um ótimo apoio para quem precisa de um ombro e de uma luz nesse lugar escuro que é a tristeza da saudade.
O FILME
O filme é lindo! Tá, tenho que explicar um pouco mais... É com Zac Efron!!!! Pra mim, já tá bom! Falando sério, o filme é bom e é um pecado que não tenha tido uma melhor promoção aqui no Brasil, onde ninguém sabe que o filme existe. Com um ritmo empolgante, nós nos surpreendemos em seus primeiros minutos, nos comovemos logo depois e, entre boas risadas, também nos debulhamos em lágrimas.
A culpa não é só da direção e da fotografia que resolveu fazer um filme realmente lindo em matéria de visual (filmado no Canadá, que era mais barato que a verdadeira Marbleheads, em Massashussets). A escolha dos atores foi muito feliz, incluindo inclusões e trocas de personagens do livro. Joe, o Ateu, colega de trabalho de Charlie no livro, foi substituído felizmente por Alistair Wooley, na pele de Augustus Prew, um homem obcecado pelos gansos que atrapalham seu trabalho e que dá a dose de humor que Joe, o Ateu, nunca deu. Tess Carrol ganhou um pouco mais de simpatia na pele da bela Amanda Crew. No livro, Tess chega a ser meio irritante no começo por causa de suas escolhas estúpidas e quase incompreensíveis. No filme, isso é amenizado. Charlie Tahan é um ótimo irmão mais novo e dá vontade de levar ele pra casa. Donal Logue ficou perfeito como Tink. Matt Ward interpreta Connors, que não existe no livro, mas precisou entrar no filme pra dar uma dose de conflito. Kim Bassinger só aparece por alguns minutos, mas é bom saber que ela está linda, e Ray Liotta foi uma boa surpresa como Florio Ferrente, embora a gente achasse que ele fosse surtar a qualquer momento e virar um assassino. Sim, eu tenho medo do Ray Liotta. Tenho certeza que ele é um cara legal, mas ele sempre vai parecer um maluco pra mim!
E Charlie St Cloud ficou com o belo e talentoso Zac Efron. A escolha surpreendeu o autor do livro, já que ele imaginava alguém mais velho e com mais bagagem emocional do que Zac. No livro, Sherwood compartilha notas sobre o filme, onde admite que se surpreendeu, já que Zac segurou a onda muitíssimo bem.
Há muito mais informações sobre a vida após a morte (e o que acontece no meio) no livro do que no filme, o que pode dar a impressão de que o filme não tem todas as explicações que deveria. Mesmo assim, foi um trabalho muito caprichado, incluindo o trabalho com a música (a cena de Charlie e Tess no cemitério de noite é linda).
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